Concerto na Opera House

Tenho-vos a dizer que este mestrado não está a ser pêra doce. Perco-me no meio de tanta pesquisa e de tantos trabalhos para fazer. A boa notícia é que já acabei dois dos 10 trabalhos que tenho até ao mês de Junho. Confesso que estes dois foram os mais simples, para os outros o grau de dificuldade duplica ou triplica, de qualquer maneira, dois já foram.

Entretanto para aliviar um pouco a minha inteligente cabeça ontem à noite fui a um concerto na Opera House. Foi um concerto de bandas de Liceu, pessoalmente as primeiras duas não me agradaram especialmente, a terceira foi um coro coisa pela qual também não morro de amores e a terceira, bem a terceira tinha mais de 40 violinos portanto fiquei logo com os olhinhos a brilhar. Gostei bastante, tendo em conta que não eram profissionais achei que estiveram bastante bem. Além disso o bilhete foi oferecido por um dos clubes a que aderi na universidade, logo ainda soube melhor ir conhecer a Opera House por dentro e maravilhar-me com aquela vista imensa sobre Sydney, tudo isto sem pagar nada. O concerto suponho que tenha sido numa das salas mais pequenas, tendo em conta a envergadura do evento, de qualquer maneira era qualquer coisa de enorme, nem tenho noção de quantas pessoas cabiam lá. Falando em linguagem lacobrigense penso que cabiam cerca de 15 centros culturais de lagos lá dentro. Além disso tinham um daqueles orgãos gigantes como os da igreja. O meu amigo M. acho que ia gostar de lá ter estado e analisar a qualidade do som e a acústica da sala. Valeu a pena, espero que tenha contribuido para aumentar a minha inspiração para os próximos trabalhos.

Penso que ainda não vos tinha dito, mas uma das pessoas com quem me dou mais na turma é uma rapariga nepalesa, dentista 28 anos, com 3 anos de experiência. Há dois dias foi contra uma porta e magoou-se num pé, inchado e roxo que até fazia impressão. A primeira coisa que fez no dia a seguir foi vir ter comigo para eu lhe dizer se estava partido ou não. Infelizmente ainda não tenho visão Raio-X, mas estava mesmo fracturado. Lá teve de pedir à professora uma extensão no prazo de entrega do nosso próximo trabalho. Ninguém merece vir para a Austrália e passado um mês partir um dedo :( Espero não partir nada durante a minha estadia por cá, senão começo logo a imaginar todos os piores cenários possíveis e imaginários.